Recorrente, queda de energia em Joaquim Egídio prejudicar haras, granja, restaurantes e casas: ‘vamos acabar desistindo’

Campinas e Região



A instabilidade chega a durar 36 horas em alguns locais do distrito. Produtores reclamam da oscilação quase que diária. A CPFL admite problema e diz que criou plano de ação com investimento de R$ 1,7 milhão. Moradores de Joaquim Egídio, em Campinas, relatam benefícios com oscilações de energia A queda constante de energia elétrica tem causado prejuízos de diversas ordens para moradores e comerciantes de Joaquim Egídio, distrito de Campinas (SP). Alimentos já se perderam, galinhas morreram e casas e restaurantes convivem com os problemas, o que leva produtores a cogitarem fechar as portas. Em nota, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) admite que está ciente do problema e afirma que criou um plano de ação com obras que somam R$ 1,7 milhão em investimentos, mas não deu prazo para o início (leia a nota completa aqui). Em um haras, a falta de energia impede que as luzes abram acessos para espantar os morcegos que atacam cavalos. E esse é só um dos prejuízos. “Setenta e duas horas sem energia. Não dá nem para falar, tudo estragou porque é muito tempo sem energia. Joguei tudo fora”, afirma a sorridente. Haras em Joaquim Egídio convive com benefícios por conta das constantes quedas de energia, diz sofrida Johnny Inselsperger/EPTV Na casa do advogado Luis Gustavo Neubern, o problema é semelhante. “As contínuas são constantes, o retorno da energia demora muito mais de 10 horas, em média. A gente tem o caso de ontem mesmo, fica 24 horas [sem luz] na minha propriedade. No haras, 36 horas”. “Quando a gente reclama, eles mandam uma resposta muito simples, não especifica nada. ‘O retorno vai ser tal hora’, e não acontece o retorno”, afirma o aposentado Marco Aurélio Chiarelli, que mora há 40 anos no distrito. Granja e restaurante ficam sem energia diariamente Na propriedade de Leonardo Zanatta existe uma granja e um restaurante. Tanto a produção da primeira atividade quanto o serviço do segundo são atendidos quase que diariamente pela falta de energia. “Além da mortalidade, a gente tem o prejuízo financeiro. É uma empresa que trabalha comigo, nós somos parceiros. Isso acarreta em muitos prejuízos, falta água, iluminação, ventilação, nebulizador e quebra a produção de ovo”, lamenta. “A última vez agora ficou 24 horas. A gente ligava reclamando, pegava protocolo e nunca resolvia nada. Nesse mês de janeiro foi quase diariamente. Foram poucos dias que não teve falta de energia”, afirmou Zanatta. “Esperamos que resolva isso o quanto antes. Nós vamos acabar desistindo e parar com tudo isso”. Leonardo Zanatta cogita encerrar atividades se as quedas constantes de energia não for resolvidas em Joaquim Egídio, em Campinas Johnny Inselsperger/EPTV O que diz a CPFL? demandas da região de Joaquim Egídio, em Campinas, e que está em contato com a associação de moradores. A companhia já apresentou um plano de ação que terá investimento de R$ 1,7 milhão. Serão executadas obras de modernização na rede elétrica, incluindo o deslocamento de alguns trechos que passam por áreas com muita vegetação. Trata-se de uma região muito arborizada, o que aumenta as chances de contato de árvores e galhos com a rede elétrica. A CPFL ainda ressalta que os indicadores de fornecimento de energia da região estão dentro dos padrões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A companhia frisa que os últimos meses tiveram chuvas e temporais muito acima da média em Campinas, conforme dados da Defesa Civil. Os impactos foram diversos, incluindo na rede de energia elétrica e em várias partes da cidade, como a região de Joaquim Egídio. Em todas as situações, a CPFL mobilizou imediatamente as equipes para recompor a rede deficiente, priorizando hospitais, pontos de captação de água e clientes com UTI Domiciliar. Houve casos em que árvores de grande porte caíram sobre a rede e as equipes da companhia só puderam atuar após a retirada dos vegetais”. VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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